
Fron| tei| ra _
A ação faz referência à ideia de Fronteira-Limite em suas diversas camadas de significação e historicidade. A performance evoca o contexto de desterritorialização e julgamentos coletivos, existentes e tão em voga nos dias de hoje. Ações violentas nas disputas de território e a construção de um “não-lugar” no referido contexto do sujeito exilado. Ações que criam marcas de limites territoriais e disputas de subjetivação incisivas _ definitivas _ que insistem em um lugar de controle, de conduta e de normatividade.
Esta fixidez na criação de cercas e a busca por uma segurança militarizada destes territórios, produz uma contradição,de um mundo cada vez mais propenso a instabilidade e de sujeitos históricos definitivamente sem lugar de pertencimento ao mundo, sem raízes.
Segundo Arendt(1989): “Não ter raízes significa não ter no mundo um lugar reconhecido e garantido pelos outros; ser supérfluo significa não pertencer ao mundo de forma alguma”.
Esta zona de fronteira também se estabelece, de forma simultânea, como lugar de conflito e interação, guerra e paz. Lugar este de situações limítrofes.
Fronteiras são lugares de deslizamento Fronteiras são zonas cinzentas, onde os contornos são mal definidos, são zonas de troca e atrito, em constante risco.
| DURAÇÃO | Ação duracional _ a depender do território e quantidade de gelo utilizado
Nasceu e vive em São Paulo/SP.
Artista da Performance e Historiadora.
Especialista em Técnica Klauss Vianna, pela PUC-SP (2012-2015).
Possui Graduação em Bacharelado em História, pela FFLCH, na USP (1998-2004).
É fundadora e integrante do Coletivo Cartográfico, desde 2011.
Desenvolve seu trabalho na interface da performance e a dança. À beira do abismo_apotência da ação se estabelece no atrito do contexto com a matéria. Trata-se do embate com a natureza do tempo. A iminência da morte na ação, o aspecto irreversível do ato. Participou de diversos festivais com seus trabalhos, entre eles: ESCALA1:1 (Palmas-TO, 2017), Festival Laplataformance (São Paulo-SP, 2016), VESPA e MIP3 (Belo Horizonte-MG, 2016) e Corpus Urbis (Macapá- AP, 2016), entre outros.